terça-feira, 25 de março de 2008

Fidel e uns patifes..


Li um texto ontem sobre a despedida de
Fidel Castro do poder e quem sabe em breve, da vida,
e como que por encomenda do destino recebi por e-mail
uma foto com o dito cujo em destaque.

Não resisti e pra começar o post em questão, vou colocar um pedacinho do texto do Andre Perfeito* que eu li ontem:

"È difícil falar de Fidel sem cair no óbvio. Não discordo da maioria das análises e palavras de ordem: ditador, genocida, assassino, revolucionário, comandante, libertador e por aí vai ao gosto do freguês ou da freguesia."

Fidel sai, e entra em cena mais uma vez a pasmacera globalizada e cosmopolita do mundo..
Fidel sai, e deixa a saudade de ter quisto e acreditado tanto em seus valores a ponto de mover sim uma nação, em cima de uma ideal..
Não vou avançar muito pelo lado político da coisa..
porque senão, a discussão fica mais séria do que já é pra ser..

Mas acho que apesar dos pesares, ele é um ícone de uma geração que ainda acreditava..
Um geração que pensava, filosofava e fazia..ou tentou fazer!
Como disse o Arnaldo Jabor um desses dias: (inclusive essa citação, tá no texto do André também!) eram intelectuais pegando em armas..

Acho que isso resume muito do que quero dizer..
Existiam pessoas que tiraram a bunda da cadeira e tentaram fazer diferente..
tentaram, acertaram alguns pontos e tiveram vários erros..
Mas foram lá..
e conquistaram a história, conquistaram muitas cabeças pensantes do mundo..
e que hoje ainda conquistam os filósofos e revolucionários de buteco, assim como eu e você..

Porque diferentemente desses caras aí: Fidel, Che e companhia limitada..
o resto do mundo parece sempre olhar alheio tudo o que se passa
alheio aos golpes da vida...
alheios aos golpes de estado pelo próprio estado..
alheios a politica sempre tão hipócrita e antiga a que nos acostumamos a
chamar de certa...

Acho que no fundo..
sinto saudades dessas coisas que não vivi..
sinto falta dos jovens pelas ruas, gritando a liberdade, num país em plena ditadura
sinto falta das canções, que na verdade eram gritos de guerra..
e pedidos de socorro..

Acho que sinto falta de pintar minha cara..
de ir à luta por um ideal..
de quem sabe pegar em armas..e fazer justiça com as próprias mãos..
aliás justiça é uma palavra um tanto rara nos dias de hoje!

O Fidel de hoje, pode até não ser mais aquele cara barbudo
e jovem que pensava e fazia tudo por um ideal..
mas, caramba..
ele fez muita coisa..(certa e errada) mas fez..

Antes isso, do que a inércia insensata dessa minha classe
de jovens apáticos..
ridículos.. e tão medíocres...

antes o erro, do que a completa falta de noção da realidade..
a falta de noção de politica, de educação, de cultura, e de liberdade...


Fidel pediu pra sair..
e eu peço pra que seus tão fortes ideais permaneçam como exemplo
de que "Quem acredita, sempre alcança..."


e vamo que vamo..
porque se emperrar, dá Brasil!!



Ouvindo_Chico Buarque_Cálice



- * André Perfeito é colunista do jornal Destak -
http://ohomemvertical.blig.ig.com.br/

Um comentário:

Anônimo disse...

Apoiada! E "viva la revolución", rs. ainda que discreta, virtual, quase sileciosa. :*