quarta-feira, 7 de maio de 2008

Amor e Sexo



" Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval

Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois"


Ontem, me peguei assistindo tv..assim..
Zapeando canais..
Notícias, séries, futebol..
As coisas corriqueiras de todos os dias...

Acabo parando no National Geografic, e um cara de óculos, com cara de engenheiro está dizendo alguma coisa que nos primeiros momentos não consigo entender..

Descubro que ele é na verdade, um psicólogo que estuda a diferença entre amor e desejo na cabeça do ser humano. Desde quais são os fatores químicos e substanciais que rolam no cérebro da gente, até a maneira como nos comportamos.

Eu peguei a reportagem no final, mas deu pra prestar atenção num monte de coisa bacana.
O cara, junto com uma série de outros estudiosos, analisa a maneira como nos comportamos quando amamos.
Não como quando nos apaixonamos, mas sim quando estamos realmente envolvidos com alguém.

E fazia a relação entre isso e o desejo que sentimos todos os dias. Desejo esse que pode ser um olhar mais direto que nos dão, uma paquera, ou o simples fato de se sentir atraído sexualmente por alguém.

E aí o cara começou a dizer que quando amamos alguém, as chances de levarmos em consideração nossos desejos em relação a outras pessoas diminui consideravelmente. Porque quando estamos numa relação duradoura tendemos a criar vínculos maiores do que o desejo e a paixão por exemplo.
Estabelecemos com o outro um vínculo de comprometimento, confiança e segurança. E ainda dizia ele que, por termos mais relações sexuais com o ser amado em questão esse vínculo acaba se tornando maior, pois possuímos no cérebro uma substância chamada Ocitocina que ao ser liberada garante a união de todos os vínculos psicológicos e físicos em relação a uma determinada pessoa e que por isso, é mais difícil quebrar essa união apenas com o desejo.

De acordo com o psicólogo, quanto mais fazemos amor nosso parceiro mais esse vínculo cresce e a tendência é que as pessoas fiquem mais próximas e se envolvam cada vez mais.

Aí aparece uma mulher, também psicologa, e diz que por estudar isso, e saber das conseqüências, recomenda sempre aos seus alunos, que se forem estabelecer relações sexuais com outras pessoas por quem não tiverem nenhuma intenção de se envolverem, melhor não fazer. Os riscos são altos!

Bom, a reportagem durou mais uns cinco minutos, e eu fiquei
com aquela cara de tacho na frente da televisão.
Comentei com a minha amiga que via a reportagem comigo:
“Isso dá blog!”

Bom a discussão vale a pena.

Até porque hoje os vínculos que criamos com as pessoas são bem diferentes do que a trinta, quarenta anos atrás. A liberdade sexual das mulheres, o fim dos tabus em relação a sexualidade, e todos esses pequenos avanços que tivemos sobre as relações interpessoais modificaram em muito nosso cotidiano e nossa maneira de ver as coisas.

Mas em partes, acredito que o que esses psicólogos estão dizendo, tem fundamento.
Até porque, também em partes, eu sou prova disso.
E aí a gente começa a perceber o quanto somos afetados, sem nos darmos conta, por esses novos conceitos que surgiram e que ninguém ainda parou para explicar.

Vamos dar o exemplo típico do sexo sem compromisso.

Bom, o negócio funciona da seguinte forma: eu tenho o desejo, o outro também, nós suprimos o desejo e cada um para o seu canto, certo?

Errado!

Se for bom, você sente novo desejo, o outro também,
e aí, supri de novo, e de novo e de novo e de novo.
Se for ruim, você dispensa e parte pra outra.
Mas nem tudo funciona dessa forma, pois não somos máquinas, nem feitos de plástico.
A grande verdade é que por mais que você tente, sentimentos e emoções não são totalmente controlados pela parte racional do cérebro e uma hora ou outra você acaba se envolvendo.

E aí, veja você a grande merda em que nos enfiamos.
Antigamente, o sexo era proibido, e a gente podia só se envolver.
Hoje a gente pode trepar com todo mundo, qualquer hora, mais não vale mais se envolver..
Certo?

E aí eu me pergunto ainda se, devido a tudo isso a gente realmente acabe “plastificando” as pessoas.

Tornando-as simples objetos de desejo. Simples pedaço de carne, simples nada sexual, que usamos para matarmos nossa vontade louca de transar, por transar.
Não posso dizer que também eu, não utilizei essa regra como minha, porque sim, já transei por transar, umas vezes me envolvi, outras tive vontade de sumir..

Mas acontece..


Por isso fica aqui a minha reflexão..

Que cada pessoa que esteve ao meu lado, é mais do que um plástico?
é mais do que sexo? é mais do que nada?
Acho que sim.

Porque eu não acredito que o ser humano é tão pequeno a esse ponto.
E que nós, homens e mulheres não somos tão descartáveis, tão patéticos e tão vazios.

Prefiro ver dessa maneira, do que achar que tenho controle sobre os sentimentos, tanto os meus, como o dos outros.
Se a gente não consegue controlar o desejo, vai querer controlar o coração!?!?

Acho que não!!!

Prefiro acreditar nessa nossa vida, na realidade de coisas que vivo, vivi e viverei, do que achar que me escondendo da vida, ela também vá se esconder de mim.

Eu quero mesmo criar vínculos, ter laços de amizade, de amor..

Quero mesmo ter alguém do lado, pra dar risada, pra discutir o futebol
ou pra não fazer nada..
Quero alguém que faça meu violão cantar mais alto, minha voz ser mais doce..

Que faça eu me sentir viva!
Que me faça acreditar que ainda é possível ser feliz a dois..

Sem rótulos, sem parâmetros..

Porque cada pessoinha é diferente, assim como cada relacionamento,
assim como cada trepada é diferente uma da outra.

Porque o diferente é bom..pode ser melhor, pode ser muito pior..
Mas é diferente!
E isso que vale.

Me apaixonei tantas vezes..
Já amei tanto..
Já quis pessoas que sequer se preocupavam..
Criei vínculos, fiz laços..

Me machuquei de maneiras que eu nunca poderia imaginar..
Estive e estou pronta para isso que chamam de vida.
E às vezes parece nunca ser o suficiente.

Parece que as pessoas estão em busca de um quê ideal que as faça sentir nas nuvens de novo..e só lá!!
E o que eu descubro todos os dias, é que quero alguém que me faça feliz nas pequenas coisas, nos momentos simples, nas coisas pequenas..num telefonema a tarde, só pra perguntar: “Ei, ta tudo certo?”

Não quero alguém pra me tirar o chão..
porque isso eu já tive demais e não me adiantou nada!
Me atirei em becos escuros, em navios afundando e só o que conquistei foram cicatrizes, aliás, várias..
E não tenho medo delas, pelo contrário.
Hoje, elas são pedaço de mim, o que me torna quem sou hoje, e me lembra do que fui, ontem.

E você?
Escolhe o quê?
Amor? Ou sexo?

Ou os dois?


4 comentários:

Matheus Delagostini disse...

o termo sexo sem compromisso soh existe para o vocabulario masculino. mulher nao consegue trepa e nao apaixonar... ou entao eu q sou mto bom de cama pq pelamor viu!

experimentei esse tipo de situaçao poucas vezes na minha vida mas te digo... no fim foi soh uma masturbaçao a 2 enqto q no outro dia meu tel tocando e era as ditas cuja. SEMPRE... nao teve nenhuma q nao veio atras por isso q num faço mais isso tbm hhahahaha quem gosta de carrapato é cachorro =p

Matheus Delagostini disse...

ahhhh claro e o cara q falou q qnt mais tempo e mais vezes se faz sexo mais proximo se fica da parceira eh pq com tda certeza nao namorou 4 anos...

Luize disse...

Primeiro uma pausa pra rir do comentário do matheus:
huiaSUIHashUIasuhIasUIHshuisAHUISUAHIsAHUIshUIAhusiAusihAsaUIH
ô bixo comédia!

Agora sim, meu comentário.

Eu escolho amor, sexo tenho com qualquer um, a qualquer momento, e no final fico como? Satisfeita por algum tempo e sozinha.
Eu escolho um cumplice da minha vida, q esteja do meu lado em todos os momentos, q não fuja qndo o negócio apertar. Em suma, q seja homem suficiente para estar do lado de uma mulher! (uuuuuuuuiiiiiiiii... huisahuisahuias... eu mesma tiro sarro de mim)
E se tiver isso tudo, tem introsamento sexual tb, os dois vão se encaixando em td.

x)

:*

Leo disse...

ô texto grande!!!! hahahaha

Este assunto é muuuuuuuito complexo, requer horas de conversa e no final ninguém chega à conclusão.

Então vou tentar ir por partes de tudo que vc falou.

Primeiramente já desconfio do programa (trauma de jornalista). Me pergunto qual é a intenção de seu produtor ao dizer que "se forem estabelecer relações sexuais com outras pessoas por quem não tiverem nenhuma intenção de se envolverem, melhor não fazer". Parece discurso da Igreja.

Ele mesmo diz que a relação sexual com o ser amado faz com que o vínculo cresça, o desejo aumente, por causa do comprometimento, confiança, tal. Eu bem queria que fosse verdade, mas 90% dos casais com o passar dos anos deixam de ser amantes e viram irmãos que fazem sexo de vez em quando.

Se isso que o cara fala fosse verdade, não haveria tantas separações.
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Obviamente homens e mulheres são diferentes, pensam diferente. Isso resulta no 'X' da questão que é homens e mulheres têm VALORES DIFERENTES, salvo exceções.

Acho que o grande segredo é não fazer o relacionamento virar rotina(pra todos os assuntos e atividades..haha).

Eu não quero ser mal julgado, o que é muito viável só pelo blog. Acho que é um assunto rico e requer horas de conversa, concordo com a opinião dos três à respeito, mas faço uma pergunta. Certa vez vi uma pesquisa que boa porcentagem das pessoas que traem querem continuar seus relacionamento. Então pergunto Matheus, Lu, Luize: O que pode ser feito quando um(a) homem/mulher tem seu relacionamento, quer mantê-lo, mas também tem desejo de estar com outras pessoas? P.S. Não, não sou assim.

Pergunta dois: (só pra Lu e Luize) Vcs foram más da outra vez que teve um post falando de sexo e não responderam o que seria o "tamanho ideal" do dito cujo pra satisfazer a mulher. A maioria dos homens quer saber. P.S. Eu também!!haha

Sejam boazinhaaaaaaassss, vaaaai!!!