domingo, 29 de janeiro de 2012
O Apanhador de Lenços (ou minha versão do amor)
Muitas pessoas buscam o amor. O amor impossível, o amor inatingível, o amor ideal, o amor surpreendente. Buscam alguém para chamar de seu ou para abraçar durante noites frias e assistir a filmes juntos romanticamente num sábado a noite.
Isso é o que as pessoas definem geralmente por ter um amor.
Mas o amor, tem dessas coisas de querer ser diferente.
E enquanto eu lia a minha revista no banheiro, notei que pela milésima vez tinha esquecido meus lenços umedecidos no outro banheiro de casa, e gritei carinhosamente para o meu marido: “Amor, me faz um favor? Pega meu lenço lá em baixo pra mim?”
Em menos de um minuto depois, estava ele lá a esticar seu braço me entregando o objeto.
E eu fiquei aqui pensando, que o amor tá nessas coisas pequenas e poucas, de quando a gente pede um favor pra pessoa que a gente ama, e ela simplesmente o faz.
Pode ser o lenço umedecido, um copo d’água, aquele livro que estava na estante longe do alcance das mãos, ou a almofada no outro sofá.
O amor está nessas coisas, diárias e cotidianas que a gente nem nota, e que não tem nada de romântico clichê como a clássica cena do casal, com pipoca e coberta na sala de TV, nem tão empolgante como o jantar pomposo no restaurante da moda. O amor está exatamente no momento em que nossos pedidos banais são atendidos por quem a gente ama.
Na tranqüilidade da sua sala de tv, no seu quarto ou até mesmo no sagrado momento do banheiro, não há nada como ter alguém pra atender quando a gente chama.
Antes de procurar esse amor louco e impossível que tentam nos vender por aí, agradeça se tiver alguém pra lhe trazer um par de meias, ou que trouxe aquele copo de água na monotonia da madrugada, só porque você pediu.
Ouvindo_Beale Street Blues_Eartha Kitt
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2 comentários:
verdade Lu... =)
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