segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Acotovelam-se




Mentiras, desilusões, acordos, palavrões, todas essas coisas ruins, ficam guardadas dentro da gente. Como bandidos a espreita de um assalto, aguardam silenciosos dentro de nós para virem à tona, nos momentos menos oportunos.

Coisinhas pequenas, meninices, crendices, infantilidades e egoísmo, dão o tom dessa incrível derrocada.
E nós nos rendemos fácil demais, cedo demais.

Presos a nós mesmos, ensimesmados em nossos problemas, não percebemos a pequeneza dessas coisas cotidianas, e ignoramos o fato de que elas podem se tornar gigantes diante desse nosso descaso.
Acreditamos frívolos, no acaso. No velho e bom momento displicente, que nos veda os olhos para essas armadilhas da emoção.
 
E vamos nos entupindo de desculpas, de ressentimentos de mágoas, de ciúmes e de inveja, que só faz acrescentar a caixa de pandora dos desprazeres.
Precisamos nos desprender do banal.
 
Aprender a amar, amar a nós mesmos em primeiro lugar. Pois um ser que não se ama, não consegue doar-se para outro, nem que queira. Precisamos de momentos de prazeres simples, como a contemplação do silêncio, diante dessa nossa vida tão ruidosa, me parece algo bem possível e fácil de realizar.

Desapeguemo-nos das mazelas do mundo, minha gente!
Pois delas há muita gente para cuidar. 



Ouvindo_Eartha Kitt - Mink, Schmink

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