sexta-feira, 20 de julho de 2012

Afinal, o que queremos?



A pergunta é vaga, mas está cheia de significado. O que nós queremos? Mesmo? De verdade?
A resposta talvez, seja mais vaga ainda, e ainda assim tão cheia de significado.
Queremos muitas coisas, como conforto, paz, alegria, um bom relacionamento, um emprego que nos dê prazer e dinheiro, algo que nos alimente a alma, como música, filmes, esportes, queremos as pessoas queridas por perto e uma série de outras coisas.
Mas acho que devemos avaliar a todo instante essa pergunta, usando-a mais como um termômetro vital e não como algo concreto.
Quer ver só? Se pergunte aí..estou no emprego que quero? Não, não é no que posso, ou no que devo, ou no que preciso. A pergunta é clara: Estou no emprego que QUERO? Estou fazendo o que desejo, da maneira como eu desejo e como eu desejo?
Tenho certeza que a resposta da maioria das pessoas, para alguma coisa na vida delas é não.
E sem crise, numa boa. As vezes você está esperando aquela oportunidade que você acha que vai ter, ou aquilo tudo que vai se concretizar depois que você terminar a pós, a faculdade, ou o doutorado. Ou quando você estiver mais velho, ou depois que se casar.. não importa.
Mas pergunte-se se, agora, agorinha mesmo você está fazendo o que realmente quer.  
Estou em um relacionamento saudável, fazendo o que eu quero fazer? E deixando o outro ser livre pra fazer o que quer? Estou me divertindo como eu gostaria, ou continuo seguindo a massa, passando na vida, sem saber o que querer? Quantas oportunidades eu estou deixando passar, porque continuo vivendo do mesmo jeito e aceitando as mesmas coisas, porque acho que não tem saída, não tem solução?
A resposta é a reflexão.. e a reflexão por si só, leva ao caminho..
Agora o que não dá é a contínua reclamação, sem ação.
O reclamar por reclamar enjoa, fica chato e não leva ninguém a nada. Chega de gente que só faz o que não quer. Na boa, não dá. Você cede aqui, ali, acolá...mas em tudo, minha buona gente..não dá!
Porque quando a gente faz o que quer, o olho brilha, a vontade aumenta, a determinação esquenta, a vontade floresce. Me pergunto sobre isso do querer, todos os dias. Em convites que aceito, ou que recuso. Em coisas que vou e que não vou. Em situações que me exigem cada vez mais que eu seja sincera para comigo e para com os outros.
Sofri muito achando que estava tentando agradar, enquanto na verdade era só meu ego me distraindo do meu verdadeiro objetivo. Eu não fazia o que queria e ainda me vangloriava por isso. E bem, dei com algumas dúzias de “burros n’água”.
O que queremos está mais próximo do nosso alcance do que imaginamos e talvez é mais simples do que acreditamos.

Se não sabemos o que queremos, talvez começar pelo que não queremos seja um inicio pra repensar nossas escolhas. Ou talvez, abrir mão de alguns convites, aceitar outros, fazer aquela escolha que você sempre acha que é certa, mais que nunca faz.

O que queremos mesmo, todos nós, eu não sei ao certo. Sei que queremos algo que vibra dentro da gente, enquanto a vida passa, enquanto as pessoas mudam, enquanto fazemos o que não queremos.

Afinal, o que é mesmo que você quer? 



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