terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Amo o que faço? Ou faço o que faço para amar o que tenho?




Será que estamos todos fadados a nos encontrar em algo? Ou existem pessoas que nunca vão fazer aquilo que amam? Será que estamos sujeitos apenas as circunstâncias e ao destino? Ou que nossas escolhas definem exatamente o que somos e ponto final.
Tenho tentado entender esse lance de viver versus trabalhar. E me parece tão distante o momento onde iremos encontrar um equilíbrio entre as duas coisas. 

Mas sei que meu romantismo é grande sobre isso também. Talvez eu esteja apenas vagando estre águas desconhecidas e com muita incerteza do futuro. O que me leva a acreditar que a busca pelo equilíbrio esteja no entendimento e na aceitação de que tudo é passageiro e incerto.
Não podemos ter certeza de tudo. Nem mesmo na gente, que mal se conhece, ou no nosso relacionamento, ou mesmo nos nossos familiares.
Mas será também que não é exatamente isso, de ser incerto, que esperamos atônitos?
Será que não é aquela surpresa, aquele susto, aquilo que nos é diferente que nos faz sentir vivos e sair nem que seja por um instante da bolha que construímos ao nosso redor, pra olhar para o mundo e para o outro de forma diversa?
Infelizmente, quando o assunto é trabalho, incertezas, surpresas e sustos são sempre considerados péssimos sinais. Pelo menos a principio. 
Esta todo mundo tentando achar um emprego certo, que provenha segurança, a certeza de um pagamento no final do mês, um convênio médico, uma assistência odontológica. 

E aí, minha pergunta. Isso também me assegurará da certeza da alegria e da plenitude de trabalhar?
Estaria eu, certa de minha felicidade garantindo apenas a minha segurança financeira?
Ou ainda, eu ficaria feliz indo trabalhar todo dia, sem ganhar aquilo que me parece o necessário, só por ter encontrado o que amo fazer?

Não sei se vou e se posso encontrar a resposta para essa e para tantas perguntas que eu tenho sobre a minha carreira e sobre a forma que isso vai ou não me dar o necessário para ter uma boa vida. 
Mas acho que vale a pena refletir sobre o assunto. 

Não consigo me imaginar feliz em um trabalho que não ame. E da última vez que tentei isso, foi extremamente doloroso e nem um pouco saudável.
Porém defendo que a busca, seja incerta e incansável.Que encontremos em nós as razões para fazermos o que amamos e que isso, nos sustente e nos baste.


Ouvindo_Killing Lies_The Strokes


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