segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Reunião, pra que?




O mundo necessita de reuniões. Reuniões corporativas elementares, conferências, reuniões familiares, reuniões de projeto, reuniões de alinhamento de ideias, reuniões e mais reuniões que na maioria das vezes desperdiçam nosso tempo de tal maneira, que ficamos estáticos e não temos coragem de dar um basta na situação. Coloco-me em reuniões assim quase sempre.

E entre um ideia ou outra que será desprezada mais cedo ou mais tarde, ouço alegorias, exemplos, metáforas e casos que na verdade, ninguém dá a mínima. Lembro-me de um lugar onde trabalhei que na maior parte das reuniões que participava com os chefões, eram de um tédio sem tamanho. Para dar um exemplo do que estou dizendo, rolavam uns silêncios nada contemplativos onde ninguém dizia nada, e assim se ficava, até alguém de maior calibre hierárquico dizer o famoso “Então é isso pessoal” e depois saíamos todos desatinados cada um para sua sala.


 Não concordo com essas reuniões intermináveis. Mais parece que a maior parte das empresas acha que isso é plausível e saudável. Tentei aplicar com um chefe que tive o método sintático de reuniões onde só trazia à tona as questões mais importantes e urgentes. Ele passou a achar que eu não fazia nada. Questionou meu desempenho e colocou em cheque meu trabalho. Mudei a estratégia, coloquei todos os mínimos detalhes das minhas tarefas, excruciei todo o meu trabalho, gastei um baita tempo e ele não se interessou.


Na verdade, ele queria saber de sentar comigo durante aqueles minutos e discutirmos coisas palpáveis e nada palatáveis. Ao contrário do que se imagina, eu saia de lá desmotivada, cheia de vontade de mandar o cara ir pra algum lugar desagradável e frustrava todo o meu trabalho executado. Imagino que existam empresas que resolvam de maneira fluida a questão da reunião. Mas depois de duas horas de falatório contínuo duvido que todo mundo esteja super interessado no tema.


 É um pouco rebelde essa minha opinião, mas toda vez que me preparo para uma reunião demorada, penso que aquele tempo ali desprendido poderia ser utilizado em algo mais produtivo, mas útil. E não há saída senão sentar e ouvir, as digressões de pessoas que querem falar a exaustão. Os famosos interlocutores inveterados.

Não duvido que existam reuniões necessárias e importantes, mas palestras sem fim sobre coisas que não podem ser mudadas de uma hora pra outra, ou relatórios sem importância que só servem para sermos avaliados negativamente realmente não me motivam.


 E você, gosta de reuniões??