
(PUTA QUE PARIU - olha o poder aqui ó..na minha mão!)
Dava vontade de chorar, juro..
que o carro estaria no
# Carinho de rodapé:
Quarta feira melhor que essa?
Essa semana não foi corrida..pelo contrário,
foi até mais suave do que tantas outras que já tive...
mas é que me faltavam assunto e coragem pra publicar qualquer coisa aqui no blog.
Primeiro, porque aconteceu tanta coisa boa..
E segundo, porque eu não tinha um assunto específico para tratar!!
Na segunda aconteceu um fato interessante,
me reencontrei com um amigo que não via a mais de 6 anos!!
Sim, seis anos..
Conheci o cara numa viagem que eu fiz a Caldas Novas (veja você!!), e ele como todo bom paulista me deixou encantada com aquele sotaquezinho bonitinho que os nascidos aqui na terra da garoa têm.
Não precisava mais pra eu achar o máximo e puxar assunto com o moço!!
Conversamos um monte nos dias que estivemos próximos, e se eu não me engano, devo ter ficado uns 3 ou 4 dias no hotel em que ele também estava hospedado..
Mas depois, voltei a Uberlândia, ele voltou pra Sampa, a gente trocou MSN, mas nunca mais se falou.
E ai, esses dias, estou com o bendito msn ligado (viva a tecnologia) e ele me chama pra conversar: “Oi Luciana, lembra de mim? É o Fulano do Tayo”
E eu prontamente respondo: “Claro!!Quanto tempo..blábláblá”
Aí fui falando com ele, perguntando algumas coisas e respondendo outras..
E não podia perder a chance de contar a ele que enfim, realizei um sonho que tinha confessado pra ele, a tanto tempo atrás: “Estou morando
Aí foi só alegria..
Marcamos de nos reencontrar pra trocar uma idéia, e colocar 6 anos de papo, em dia..
Affê!!
O problema é contar 6 anos da sua vida em tão pouco tempo..
E ele contar a dele..claro..
Aí a gente separa o que aconteceu de mais importante, apara umas arestas, e vai falando superficialmente um pouco de cada coisa..
E olha sob outra perspectiva pra tudo..
O que aconteceu quando eu tinha 16 anos tinha uma importância gigantesca pra mim, e hoje, são só mais algumas aventuras dessa garotinha que aqui vos escreve..
Mas o reencontro foi bem bacana..
Acho que é mais bacana porque você percebe quanto mudou em todo esse tempo..
Por exemplo, na época que esse moço me conheceu, eu tinha cabelos curtiiiinhos, pesava 38 kilos, e arranhava minhas primeiras notas no violão..
Hoje, bem,
eu posso até continuar não tocando muita coisa no violão,
mas os meus cabeeeelos e os meus kilos já mudaram bastante!!
E aí, você olha pro outro..
Outra vida, uma outra história acontecendo paralelamente a tantas outras vidas..
Em todas as cidades, gente vivendo, indo e vindo, chorando e sorrindo..trabalhando e se divertindo!!
E ele também me contou coisas muito legais sobre a história dele,
o que ele fez, o que deixou de fazer..
Demos muita risada de tudo, e por incrível que pareça ele também adora o:
HERMANOTEU, VÉI!!
Não precisava mais pra gente chorar de rir..
Foi totalmente excelente, eu diria!!
Amigos assim, pra guardar com carinho, e não perder o contato!!
Porque é pra isso que a gente vem aqui, pra aprender, ensinar, conversar..
Viver!!
E agradecer por existir o santo msn em nossas vidas!!! hehehehehe
E vamo que vamo porque hoje é sexta feira!!
Ouvindo_Wake up the montain_Helloween (ohhh banda boaaaaa!)
" Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval
Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois"
Ontem, me peguei assistindo tv..assim..
Zapeando canais..
Notícias, séries, futebol..
As coisas corriqueiras de todos os dias...
Acabo parando no National Geografic, e um cara de óculos, com cara de engenheiro está dizendo alguma coisa que nos primeiros momentos não consigo entender..
Descubro que ele é na verdade, um psicólogo que estuda a diferença entre amor e desejo na cabeça do ser humano. Desde quais são os fatores químicos e substanciais que rolam no cérebro da gente, até a maneira como nos comportamos.
Eu peguei a reportagem no final, mas deu pra prestar atenção num monte de coisa bacana.
O cara, junto com uma série de outros estudiosos, analisa a maneira como nos comportamos quando amamos.
Não como quando nos apaixonamos, mas sim quando estamos realmente envolvidos com alguém.
E fazia a relação entre isso e o desejo que sentimos todos os dias. Desejo esse que pode ser um olhar mais direto que nos dão, uma paquera, ou o simples fato de se sentir atraído sexualmente por alguém.
E aí o cara começou a dizer que quando amamos alguém, as chances de levarmos em consideração nossos desejos em relação a outras pessoas diminui consideravelmente. Porque quando estamos numa relação duradoura tendemos a criar vínculos maiores do que o desejo e a paixão por exemplo.
Estabelecemos com o outro um vínculo de comprometimento, confiança e segurança. E ainda dizia ele que, por termos mais relações sexuais com o ser amado em questão esse vínculo acaba se tornando maior, pois possuímos no cérebro uma substância chamada Ocitocina que ao ser liberada garante a união de todos os vínculos psicológicos e físicos em relação a uma determinada pessoa e que por isso, é mais difícil quebrar essa união apenas com o desejo.
De acordo com o psicólogo, quanto mais fazemos amor nosso parceiro mais esse vínculo cresce e a tendência é que as pessoas fiquem mais próximas e se envolvam cada vez mais.
Aí aparece uma mulher, também psicologa, e diz que por estudar isso, e saber das conseqüências, recomenda sempre aos seus alunos, que se forem estabelecer relações sexuais com outras pessoas por quem não tiverem nenhuma intenção de se envolverem, melhor não fazer. Os riscos são altos!
Bom, a reportagem durou mais uns cinco minutos, e eu fiquei
com aquela cara de tacho na frente da televisão.
Comentei com a minha amiga que via a reportagem comigo:
“Isso dá blog!”
Bom a discussão vale a pena.
Até porque hoje os vínculos que criamos com as pessoas são bem diferentes do que a trinta, quarenta anos atrás. A liberdade sexual das mulheres, o fim dos tabus em relação a sexualidade, e todos esses pequenos avanços que tivemos sobre as relações interpessoais modificaram em muito nosso cotidiano e nossa maneira de ver as coisas.
Mas em partes, acredito que o que esses psicólogos estão dizendo, tem fundamento.
Até porque, também em partes, eu sou prova disso.
E aí a gente começa a perceber o quanto somos afetados, sem nos darmos conta, por esses novos conceitos que surgiram e que ninguém ainda parou para explicar.
Vamos dar o exemplo típico do sexo sem compromisso.
Bom, o negócio funciona da seguinte forma: eu tenho o desejo, o outro também, nós suprimos o desejo e cada um para o seu canto, certo?
Errado!
Se for bom, você sente novo desejo, o outro também,
e aí, supri de novo, e de novo e de novo e de novo.
Se for ruim, você dispensa e parte pra outra.
Mas nem tudo funciona dessa forma, pois não somos máquinas, nem feitos de plástico.
A grande verdade é que por mais que você tente, sentimentos e emoções não são totalmente controlados pela parte racional do cérebro e uma hora ou outra você acaba se envolvendo.
E aí, veja você a grande merda em que nos enfiamos.
Antigamente, o sexo era proibido, e a gente podia só se envolver.
Hoje a gente pode trepar com todo mundo, qualquer hora, mais não vale mais se envolver..
Certo?
E aí eu me pergunto ainda se, devido a tudo isso a gente realmente acabe “plastificando” as pessoas.
Tornando-as simples objetos de desejo. Simples pedaço de carne, simples nada sexual, que usamos para matarmos nossa vontade louca de transar, por transar.
Não posso dizer que também eu, não utilizei essa regra como minha, porque sim, já transei por transar, umas vezes me envolvi, outras tive vontade de sumir..
Mas acontece..
Por isso fica aqui a minha reflexão..
Que cada pessoa que esteve ao meu lado, é mais do que um plástico?
é mais do que sexo? é mais do que nada?
Acho que sim.
Porque eu não acredito que o ser humano é tão pequeno a esse ponto.
E que nós, homens e mulheres não somos tão descartáveis, tão patéticos e tão vazios.
Prefiro ver dessa maneira, do que achar que tenho controle sobre os sentimentos, tanto os meus, como o dos outros.
Se a gente não consegue controlar o desejo, vai querer controlar o coração!?!?
Acho que não!!!
Prefiro acreditar nessa nossa vida, na realidade de coisas que vivo, vivi e viverei, do que achar que me escondendo da vida, ela também vá se esconder de mim.
Eu quero mesmo criar vínculos, ter laços de amizade, de amor..
Quero mesmo ter alguém do lado, pra dar risada, pra discutir o futebol
ou pra não fazer nada..
Quero alguém que faça meu violão cantar mais alto, minha voz ser mais doce..
Que faça eu me sentir viva!
Que me faça acreditar que ainda é possível ser feliz a dois..
Sem rótulos, sem parâmetros..
Porque cada pessoinha é diferente, assim como cada relacionamento,
assim como cada trepada é diferente uma da outra.
Porque o diferente é bom..pode ser melhor, pode ser muito pior..
Mas é diferente!
E isso que vale.
Me apaixonei tantas vezes..
Já amei tanto..
Já quis pessoas que sequer se preocupavam..
Criei vínculos, fiz laços..
Me machuquei de maneiras que eu nunca poderia imaginar..
Estive e estou pronta para isso que chamam de vida.
E às vezes parece nunca ser o suficiente.
Parece que as pessoas estão em busca de um quê ideal que as faça sentir nas nuvens de novo..e só lá!!
E o que eu descubro todos os dias, é que quero alguém que me faça feliz nas pequenas coisas, nos momentos simples, nas coisas pequenas..num telefonema a tarde, só pra perguntar: “Ei, ta tudo certo?”
Não quero alguém pra me tirar o chão..
porque isso eu já tive demais e não me adiantou nada!
Me atirei em becos escuros, em navios afundando e só o que conquistei foram cicatrizes, aliás, várias..
E não tenho medo delas, pelo contrário.
Hoje, elas são pedaço de mim, o que me torna quem sou hoje, e me lembra do que fui, ontem.
E você?
Escolhe o quê?
Amor? Ou sexo?
Ou os dois?
Sábado 03/05
Acordo numa ressaca guerra.
Fechar mais um bar não é coisa pra “mirim”!
Me levanto, e o coração dá um salto: É meu último dia!!
Fico com minha família pela casa, ajeito todas as fotos que tirei no meu e-mail, fico olhando para tudo o que aconteceu, com aquela saudade..
Mas ei? Saudade?
De Uberlândia?
É, Hermanoteu véeei!!
bateu saudade...
Mas aí penso que ainda falta muito tempo pra ir embora, e ainda não ta na hora de deixar o coração na mão.
Acabou que toda a galera de última hora furou de sair, e eu fui pra casa de uma tia visitar um primo que está morando
Tomo
Passo a tarde com meus pais, e anoitece.
Hora de fazer as malas..
Ai ai ai..
Queria muito que a viagem estivesse começando de novo..
Mas não..
Bom, na hora que bateu a tristeza o telefone não parou de tocar,
com a galera desejando boa viagem, um volta logo, essas coisas..
Até nos “45 do segundo tempo” teve visita em casa, pra dar um meeeega abraço e desejar boaaa viagem.
23:40 vou – me embora de Uberlândia..
Mp3 no talo, tocando Creedence - The Midnight Special
Aí eu falei: Fudeu!!
Foram nove horas e meia de estrada, frio e sono.
Entro
...
Domingo 04/05
...
E dá medinho!!!
Chego em casa,
uma friaca do caraleo, altos papos com minha amiga parceira irmã..
Desfazer a mala, baixar as fotos..
Olhar pra tudo aquilo e pensar que foi bom pra porra!!
E ver esse vazio que há tanto eu nem tinha percebido aqui..
Não no meu coração, porque esse, coitado, fica cheio toda hora..
Um vazio na vida, no peito, na alma..
Uberlândia me mostrou pessoas maravilhosas nesses 10 dias que estive lá..
Pessoas e lugares que sempre estiveram ali..mas que agora eram tão diferentes!
Não sei dizer se esse meu sentimentalismo bobo quer dizer alguma coisa, mas a verdade é que poder querer e ser querida faz um bem danado..
Poder dizer sim, poder sair pra beber, poder abraçar sem pudores..
poder viver, foi permitido..
E foi bom saber que eu tenho ainda, só..22 anos!!
E que eles sejam bem vindos..
Assim como tudo que vier..
Chega de ter medo, porra!!
Eu quero viver!!!
E vamo que vamo..
Porque eu já nem sei mais o que colocar aqui..
Ouvindo_Hoje eu tô sozinha_Ana Carolina
* Rodapé:
“Porque que não chora não mama, e nosso bebê ta chorando querendo mamar.”
Jorge Ben Jor – pra quem tava no sambinha na UFU!!